Vicente Cooper.
- Por que? - controlo o meu tom de voz - O que tem ela? Achou algo sobre ela pela casa?
Faço várias perguntas, nervoso.
- Não sai mexendo nas suas coisas, Doutor - exclama ofendida - É que ela meio que atormentou o seu sono na noite passada.
- Eu não lembro de nada - responde sincero.
- Foi uma noite bem turbulenta, fiquei muito preocupada, quase te levei para o hospital. Mas te dei um remédio mais forte.
- Estou bem melhor agora, obrigado por estar aqui - agradeço e acaricio a sua bochecha rosada.
- Quem é ela?
- Prefiro não falar sobre isso agora - peço.
- Tudo bem - aceita respeitando o meu espaço.
- Agora é minha vez de te fazer uma pergunta, estou meio constrangido, mas preciso saber - seguro seu queixo e prendo seu olhar no meu - Me diga anjo, eu te fiz alguma coisa ontem à noite?
- Claro que não - responde de pressa e desvia o olhar.
Merda! - aconteceu alguma coisa.
- Angel - chamo - Olhe nos meus olhos e responda, eu toquei em você? - ela me encara decidindo se fala ou não - Por favor, me fale - peço.
- Você teve um pesadelo, delirou, falou umas coisas - conta.
- Inferno! - me exalto - Por isso não gosto de ninguém muito perto, não gosto que descubram as minhas intimidades, que saibam dos meus pesadelos.
- Me perdoe se fui invasiva, só não quis te deixar sozinho com toda aquela febre - fala baixinho - Só queria cuidar de você.
- Eu te fiz alguma coisa?
- Já disse que não fez nada - responde angustiada.
- Eu não posso te machucar, não quero te machucar, prefiro morrer a fazer algum mal a você anjo - falo angustiado também.
Ela se recosta no sofá e eu a puxo para mim, seguro seu rosto e faço com que me olhe, acaricio a sua bochecha.
- Preciso que me fale, eu quero saber - peço - Não suporto a ideia de pensar que posso ter lhe feito algum mal, que toquei em você sem direito, que te desrespeitei.
- Você delirou - começa baixinho - Você falava o nome dessa mulher sem parar, pedia para ela ir para bem longe, para te deixar em paz, para ir em busca do amante, da felicidade dela, pedia para te esquecer.
- Ela está longe - garanto, são apenas malditas lembranças de uma pessoa que não merece ser lembrada.
- Você se contorcia, se debatia de dor, de angustia só em falar esse nome.
Fecho os olhos com força e tento pensar em como o meu pesadelo me fez acordar com a cueca suja de esperma, sendo que nem sexo eu fazia com aquela mulher quando nosso casamento começou a desandar.
- Poderia ter me acordado.
- Eu fiquei ao seu lado, fazendo carinho em sua cabeça e dizendo que não deixaria ninguém te fazer mal.
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