Meu Doutor é um CEO romance Capítulo 12

Vicente Cooper.

- Por que não que ir? – questiono triste.

- Não quero incomodar.

- Mas não incomoda, eu estou te convidando, vamos, vai ser legal.

- Não sei se devo.

- Por favor, Angel – imploro e não sei de onde surgiu essa necessidade de tê-la ao meu lado sempre.

- Tudo bem – concorda e respiro aliviado – Vou em casa me trocar rapidinho.

Caminho com ela até seu apartamento e sento no sofá para espera-la. Após alguns instantes a vejo voltando do corredor dos quartos, usando um vestido longo florido que emoldurava todas as suas curvas e tinha com uma fenda discreta na perna direita. Usava uma maquiagem discreta e os cabelos estavam soltos. Seu cheiro doce preencheu todo o ambiente quando ela chegou.

- Então? - ela para em minha frente e dá uma voltinha, meus olhos correm todo o seu corpo - Estou apresentável para conhecer a sua família?

- Está linda, Angel - falo sincero e ela ruboriza - Vou te apresentar formalmente o meu amigo de quatro patas.

- Esse eu acho que já conheço - diz encarando o meu cachorro.

- Toreto, vou te apresentar a minha mais nova - olho para ela que me encara risonha - Best Friend Angélica - ele começa a dar pulos de alegria - Deixe-o te cheirar para se acostumar - digo e ela obedece, aproveita até para fazer um carinho na cabeça do folgado.

- Agora mais calma consigo ver alguma beleza nesse bezerro.

- Para de chamar ele assim - peço fazendo uma careta - Podemos ir? - questiono e ela concorda saindo na frente.

Descemos de elevador até o estacionamento, abro o carro para ela entrar, acomodo Toreto e sigo em direção a casa dos meus pais.

- Não sabia que você é do tipo cavalheiro, que abre a porta do carro - ela diz depois de um tempo.

- Você é tão ingrata - acuso - Eu abrir a porta pra você no dia que te dei carona, quando estava colocando até as tripas para fora de tanto vomitar - a lembro e ela faz careta.

- E você tem uma memória de elefante - me olha de lado - Agora que somos best friend podemos falar de tudo?

- Depende - falo meio intrigado, ela nota e solta uma gargalhada alta.

"O meu marido é tão frigido, o sexo com ele já nem existe mais, não sinto tesão em vê-lo pelado, estou cansada dessa rotina pesada no hospital e da falta de atenção. Por isso que eu recorro sempre ao Brandon, ele me fode tão bem e tão gostoso" . As palavras que Kate escrevia em seu diário sempre me atormentam como um maldito castigo, isso quando não lembro das palavras que ela despejava em cima de mim sem pena.

- Está sentindo alguma coisa, Vince? - pergunta preocupada.

- Aprendeu a ler as minhas feições?

- Tive que aprender para conseguir tudo que eu queria do meu pai e do meu irmão - conta dando de ombros - Era preciso técnica, leitura de emoções e claro, muito charme.

- Está usando isso comigo? - pergunto levantando uma sobrancelha, mas evito tirar a atenção da estrada - Não.

- Não estou usando charme com você - ela me corta - Eu sei que não vai funcionar, você não cai no charme de ninguém, o povo do hospital até desconfia que é gay - mal sabe ela que tudo que faz é sensual e me desconcentra - Nada contra, meu irmão que iria amar - ela fala torcendo o nariz - Você acredita que meu irmão ficava sempre com os caras mais gatos nas festas?

- Se você está dizendo - acabo sorrindo da sua voz indignada.

- Se eu pegasse você ele ia me respeitar e me chamar para sempre de senhora - ela solta do nada e eu freio bruscamente com o susto - Socorro - fala apavorada com o solavanco e coloca a mão no coração.

- Você não tem nenhum filtro mesmo né? - estaciono o carro e a encaro, ela está pálida - Está passando mal?

- Foi só um susto - fala respirando fundo - É que eu perdi os meus pais em um acidente de carro e essas coisas sempre me deixam assustada.

- Eu sinto muito - digo fazendo um carinho discreto em seu rosto - Vamos? - pergunto e ela faz que sim com a cabeça, coloco o carro em movimento novamente - Os arranhões ainda estão doendo?

- Bastante - fala com a voz baixa e a encaro rapidamente desconfiado.

- Mentirosa - falo e ela sorri - Mas voltando ao assunto que acham que sou gay, eu já te disse que não sou e não preciso explanar para geral a minha vida pessoal. Eu só não me envolvo com mulheres que trabalhem no hospital, é meio ante ético da minha parte, pois eu só fodo com as mulheres e não quero saber delas no dia seguinte, nada de cobrança ou romance na minha vida.

- Você é tão cafajeste - reprova - Então o meu sonho de ser chamada de senhora pelo meu irmão caiu por terra? - pergunta rindo e apenas reviro os olhos.

- Eu sou um cara prático, as mulheres com quem saio entendem isso - explico.

- Ela é uma vadia - diz do nada.

- Quem? - pergunto sem entender.

- A mulher que te machucou - fico chocado.

- Não é nada disso - falo meio na defensiva - Por que pensa assim?

- Eu entendo bem de implicâncias de irmãos senhor.

- Por favor, sem formalidades me chame de Vitório ou como preferir - meu pai pede - Mas me diga, você tem muitos irmãos?

- Não - nega - Tenho apenas um e que a propósito é meu gêmeo.

- Fascinante - ele comenta feliz - As chances de você ter filhos gêmeos são grandes então? - a questiona e me encara sugestivo, que vergonha.

- Quem sabe - ela diz dando de ombros.

Depois de mais alguns minutos conversando seguimos para a sala de jantar, a mesa está impecável como sempre e nos acomodamos. Minha mãe fez questão que Angélica sentasse ao seu lado ficando de frente para mim.

O almoço seguiu tranquilamente, tirando a parte que os meus pais bombardeavam a minha querida vizinha de perguntas, eles realmente gostaram dela.

- Você gosta de doces, Angel? - minha mãe questiona - Posso chamá-la assim? Somos intimas já.

- Sim para as duas perguntas - as duas sorriem e começam a se servir, minha mãe sempre prezou pela simplicidade de podermos colocar a nossa própria comida, arrumar a nossa cama e entre outras coisas que podemos fazer sem depender dos funcionários como inúteis - Não vai se servir, Vince? - ela me questiona.

- Não gosto muito de doces - repondo dando de ombros.

- A cada dia estou te conhecendo melhor - dá mais combustível para os meus pais imaginarem coisas - Eu amo doce - diz - Gosto de comer devagar, saboreando.

Ela coloca uma colherada da torta de chocolate na boca e posso jurar que ela soltou um gemido, ela come bem debagar, saboreando cada parte do doce. Aposto que no sexo ela também gosta de sentir cada sabor, eu gostaria de testar esse pensamento. Eu estou fraco por essa mulher, completamente.

- Filho? – escuto uma voz ao longe – Ele parece estar perdido em pensamentos.

- Vicente – sinto um beliscão e desperto olhando para quem me beliscou.

- Ficou louco pirralha? – ralho alisando o braço dolorido.

- Você ficou aí perdido olhando para a Angel, nem escutou a pergunta que nossa mãe lhe fez.

- Que pergunta? – questiono sem entender e meus pais me olham com sorrisos sugestivos.

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