Vicente Cooper.
Do canto da sala, perto da janela, observo Angélica super entrosada com a minha família, aquilo de alguma forma mexeu comigo. Ela está conseguindo chegar em um lugar que eu tranquei a sete chaves, o meu coração.
Ouço o riso de todos, ela faz isso, leva o riso e a alegria a todos que estão ao seu redor, eu vejo no hospital a forma como cativou os nossos colegas muito rápidos, como eles fazem questão de estar sempre perto dela e devo confessar que eu também.
- Ela é uma garota muito especial - meu pai fala parando ao meu lado e encarando as mulheres sentadas no sofá.
- Sim, ela é - confirmo tentando soar indiferente.
- Quando vocês chegaram pensei que fosse um casal - o encaro sem entender - Você nunca trouxe uma mulher aqui em casa depois daquela que não precisa ser nomeada - fala com uma careta - Você olha para essa moça com carinho, admiração, paixão.
- A idade chega para todos - comento balançando a cabeça em negação – Acredito que o senhor está caducando.
- Não a deixe escapar – pede ignorando o meu comentário.
- Pai, o senhor está vendo coisas onde não tem - digo - Eu e a Angélica somos apenas amigos, trabalhamos juntos, nos respeitamos e nos admiramos como profissionais e só.
- O pior cego é aquele que não quer enxergar - diz querendo parecer sábio.
- Eu preciso ir - abraço meu pai em despedida e me aproximo das mulheres - Vamos, Angel? - chamo e ela concorda se levantando.
- Muito obrigado por terem me recebido tão bem - ela segura nas mãos da minha mãe - A sua família é linda e gentil.
- Você que é muito linda querida - elogia minha irmã.
- Volte mais vezes, Angel - minha mãe convida - Você sempre será bem-vinda. E volto a afirmar Vicente - me encara séria - Quero essa moça como minha nora.
- Volto sim - Angel responde ruborizada diante do comentário da minha mãe.
- Mãe, está constrangendo a minha convidada.
- Sua convidada e minha amiga - ela beija a testa de Angel carinhosamente.
- Volte mais vezes, filho - meu pai pede - Sentimos a sua falta.
- Eu vou tentar - comento dando de ombros.
Depois de alguns minutos de abraços de despedidas, saio da propriedade da minha família, acompanhado de Angélica.
- Obrigado por ter me proporcionado esse momento com a sua família, Vince - ela fala depois de um tempo - Eles são pessoas especiais, foi uma tarde muito agradável.
- Obrigado você pela companhia - olho para ela rapidamente sorrindo e depois volto minha atenção para o trânsito rapidamente.
Passamos todo o caminho em um silencio confortável, quando em fim chegamos no nosso prédio sinto um aperto no peito, pois não queria me despedir. Eu realmente aprecio muito a companhia dela.
- Você não fez isso - me olha fingindo indignação - Seu menino levado - tão rápido quanto o flash ela passou o dedo no seu potinho e melou o meu queixo, tentei desviar, mas foi em vão. Caímos na gargalhada.
- Fica quieta - peço e aproximo a minha boca do seu rosto, meu coração começa a bater descontroladamente e decido tirar o doce com o dedo indicador, respeitando a nossa relação de amizade. Mas a vontade que eu tinha era de passar a língua.
Lambi meu dedo e ela ofegou abrindo os lábios de coração e começou a encarar a minha boca, depois passou o dedo em meu queixo onde havia melado de sorvete e levou aos seus lábios fazendo uma sucção para limpar. Sentir todo no sangue do meu corpo ser drenado para o meu membro, imaginei aquela boca de coração fazendo aqueles movimentos com ele.
Depois que terminou o seu sorvete abriu a geladeira novamente e escolheu uma cerveja, bebeu diretamente na garrafa.
- Venha conhecer a minha biblioteca - convido me levantando.
- Olha, já vou logo avisando que não tenho como sustentar a minha pose intelectual com você bêbada - avisa.
Sorrio do seu comentário e sigo para a biblioteca com ela em meu encalço, abro a porta do meu arsenal de livro e um dos meus lugares favoritos da casa.
- Caramba - exclama chocada - Isso aqui deve ter custado uma pequena fortuna - comenta passando a ponta dos dedos pelos exemplares.
"Seus livros são todos umas merdas, não me interessam, foi culpa deles o nosso casamento ter acabado. Você me trocou pelo seu maldito trabalho, nenhuma mulher vai te querer quando vir esse monte de lixo empilhado que você guarda com tanto zelo". A m*****a volta a atormentar os meus pensamentos.
- Vince - escuto a voz doce da Angel - Está se sentindo bem?
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